quinta-feira, 9 de outubro de 2008



O CONTEÚDO FOI MOVIDO PARA OUTRO ENDEREÇO



Lembro bem do dia em que escrevi isso... Lembro qual foi o conteúdo deste blog, qual o propósito dele... Hoje reacendo a chama deste pequeno espaço, meio que como um brinde ao passado que ele testemunhou... mas sobretudo ao futuro que eu clamo tanto... Sempre achei que a vida pudesse ter mais de um propósito, e cá ele está... a busca incessante pela felicidade plena... A cura para a angustia solitária de ser tão somente e puramente só... É possível estar em meio a 50 mil pessoas assistindo a um show, e nunca se sentir tão só... É possível que amigos preencham por pouquíssimos segundos aquele vazio que dá, mas no fim, é só você e seu edredon... juntos e inseparáveis... Juntos e terrivelmente sós...
Há tanto a se buscar em uma noite pequena, que dura poucos segundos... Há noites em que se deseja perdurar eternamente nos poucos vinte minutos incríveis de seu ápice... Há de se sonhar 41 vidas com uma mesma pessoa, e há de poucos 10 segundos, apenas esquecer de tudo...
E há de se idealizar todo de novo, com aquela mesma sensação incrível e nostálgica de um amor incorrigível, inexplicável e inconstruível, que você tentará viver enquanto sua alma existir, enquanto a eternidade perdurar e enquanto a certeza pairar no seu mais íntimo sentimento de que tudo é possível...
São e sempre serão 12 monges... São sempre 12 ciclos... 12 meses... 12 músicas...talvez 10.. talvez 5... quem sabe apenas uma.
Uma música que nunca vai tocar, que nunca vai ser escrita, que nunca será inspirada, tão pouco inspirará nenhum poeta, nenhum músico, nenhum amor perdido em uma esquina...
Bati o tempo todo escrevendo nos meus vários blogs que eu não era daqui... não deste tempo... mas hoje vejo que sou daqui... só estava um dia ou um minuto adiantado (ou atrasado) no bonde da eternidade que passa de meio em meio segundo...
Sabe quando você sonha que está voando? Quando vê as luzes da cidade? Ou quando vê um campo aberto, e você ao estilo Peter Pan de ser?
Bem... é a exata sensação que senti muitas e muitas manhãs ao ver o sol despontar no horizonte escuro e azulado... nas manhãs em que o vendo frio cortava o rosto, nas nuvens que ficam em um tom de laranja indescritível, impossível de se dizer... Era a sensação de dias incríveis que foram arrancadas de mim por mim mesmo... e que agora, poucas são as forças para entrar em conexão com aquele tempo que deixou de existir antes mesmo que pudesse acontecer... Há uma lacuna que não se tem como preencher aqui dentro... E isso foi perdido muito antes de muito do que sou hoje... E não tem como recuperar... Engraçado é que eu já sabia disso... não há como preencher o vazio...
E vai ser assim a cada vez em que eu decidir voltar... A perda é inevitável... mas a sensação é incomparável... Então, o conteúdo foi movido, mas as madrugadas ainda existem, perdidas, em algum lugar lá no fundo dos melhores sentimentos possíveis...

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